Roger Ramos
Roger Julio Ramos, nasceu em 1987, na cidade de Mauá, onde continua a residir. Seu contato com a arte nasce a partir da sensibilidade dos pais, que durante os trânsitos por cidades e bairros próximos permitiram que o filho expandisse sua capacidade de observação. O contato com a pichação e o graffiti aproximaram o artista da arte urbana, segmento artístico muito presente em seus trabalhos. A admiração pelo design gráfico encontrado em embalagens, logotipos de lojas e marcas que observara durante a infância, levou Roger ao universo das artes visuais, onde teve certeza que seria seu lugar de atuação. Em 2015 concluiu o Bacharelado em Artes Plásticas pela Faculdade Integrada Coração de Jesus, em Santo André, mesmo ano que participou do 33º Salão de Artes Plásticas de Rio Claro. Obteve Menção Honrosa no mesmo salão em sua participação no ano de 2017, na 35ª edição.
Em 2020 participou da exposição Ressetar, no Museu da Diversidade Sexual, em São Paulo, RUA, no Museu de Arte do Rio, no Rio de Janeiro. Entre 2015 e 2020 participou de exposições em lugares de destaque, entre elas a exposição de 15 anos da Pinacoteca Municipal de Mauá, e Coleta ABC, exposição itinerante da qual RAMONEGRO participou na Pinacoteca Municipal de Mauá e na Pinacoteca Municipal de São Bernardo do Campo, ambas em 2019. No mesmo ano participou de exposições na Funarte, Galeria Rabieh e Lona Galeria.
Participou de residências artísticas, em 2019 na Mola in Natura – KAAYSÁ Art Residency e em 2018 do Ateliê Alex Vallauri, Funarte.
Suas pesquisas atravessam as relação de Corpo, Templo e Espaço, categorias antológicas que se misturam na contemporaneidade, e que para o artista se conflitam, dialogam e coabitam. Sua produção deriva da relação com a cidade, que se conectam com a sua existência enquanto homem negro, periférico, influenciado pelos movimentos negros. Atuante no combate ao fim da ideia de democracia racial no Brasil – conceito que nega a existência de racismo no país – , através de seus trabalhos produz imagens para a humanização de pessoas negras.
“Pesquiso os desdobramentos do verbo “construir”, desde os processos identitários e de pertencimento territorial, à criação de espaços rituais que reverberam no imaginário da cultura popular contemporânea”, de acordo com texto do artista.
Os trabalhos recentes do artista apresentam materiais de descarte recolhidos pelo centro de Mauá e São Paulo. A identificação de objetos cotidianos nas obras subverte a sacralidade do objeto artístico, característica que reafirma o interesse do artista pela arte democrática e acessível, demonstrado desde a arte urbana.
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