Aldemir Martins, nascido em 8 de novembro de 1922, no distrito de Ingazeiras, no Ceará, foi um pintor, gravurista, desenhista, ilustrador e escultor de grande circulação nacional e internacional. Autodidata, deu início aos estudos de desenho no período em que frequentava o Colégio Militar, desde 1934, e já na década de 1940 passa a atuar como artista em Fortaleza. Em 1941, ainda em início de carreira, atua na criação do Centro Cultural de Belas Artes, juntamente com Raimundo Cela, Inimá de Paula, Antonio Bandeira e Mario Baratta, local que contava com um espaço expositivo, organização de salões e cursos de arte. Anos depois, em 1944, a instituição passa a se chamar Sociedade Cearense de Artes Plásticas. Atuou como ilustrador na imprensa cearense durante o ano de 1943. 

Aldemir Martins mudou-se para o Rio de Janeiro em 1945, e em menos de um ano passou a residir em São Paulo, onde realizou a sua primeira exposição individual em 1946. Passou a frequentar cursos no MASP e chegou a tornar-se monitor da instituição, entre 1949 e 1951. Estudou história da arte com Pietro Maria Bardi, gravura dom Poty Lazzarotto, e em 1959 recebeu o prêmio de viagem ao exterior do Salão Nacional de Arte Moderna, permanecendo em Roma, na Itália, durante dois anos. Durante os anos 70, foi ilustrador do Jornal da Tarde (JT), que teve sua última publicação em 2012.

Com produção figurativa, Martins retoma repertórios formais a partir dos temas abordados, mas se reafirma como artista moderno através das cores intensas e contrastantes. Galos, gatos, flores, frutas, cavalos, peixes e cangaceiros são figuras presentes em seus trabalhos. 

Faleceu em 6 de fevereiro de 2006, após um enfarte em sua residência no bairro do Ibirapuera, na Zona Sul de São Paulo.